domingo, 28 de setembro de 2014

TU, PORÉM




“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”.
Paulo (Tito, 2:1)


Desde que não permaneças em temporária inibição do verbo, serás assediado a falar em todas as situações.

Convocar-te-ão a palavra os que desejam ser bons e os deliberadamente maus, os cegos das estradas sombrias e os caminheiros das sendas tortuosas.

Corações perturbados pretenderão arrancar-te expressões perturbadoras.

Caluniadores induzir-te-ão a caluniar.

Mentirosos levar-te-ão a mentir.

Levianos tentarão conduzir-te à leviandade.

Ironistas buscarão localizar-te a alma no falso terreno do sarcasmo.

Compreende-se que procedam assim, porquanto são ignorantes, distraídos da iluminação espiritual.

Cegos desditosos sem o saberem, vão de queda em queda, desastre a desastre, criando a desventura de si mesmos.

Tu, porém, que conheces o que eles desconhecem, que cultivas na mente valores espirituais que ainda não cultivam, toma cuidado em usar o verbo, como convém ao Espírito do Cristo que nos rege os destinos.

É muito fácil falar aos que nos interpelam, de maneira a satisfazê-los, e não é difícil replicar-lhes como convém aos nossos interesses e conveniências particulares; todavia, dirigirmo-nos aos outros, com a prudência amorosa e com a tolerância educativa, como convém à sã doutrina do Mestre, é tarefa complexa e enobrecedora, que requisita a ciência do bem no coração e o entendimento evangélico nos raciocínios.

Que os ignorantes e os cegos da alma falem desordenadamente, pois não sabem, nem vêem... Tu, porém, acautela-te nas criações verbais, como quem não se esquece das contas naturais a serem acertadas no dia próximo.



Do livro "VINHA DE LUZ" pelo Espírito EMMANUEL,
psicografado por Francisco Cândido Xavier.




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