Pouca fartura não mata.
Frugalidade é dever.
Por um que morre de sede,
Morrem cem mil de beber.
Se queres um servidor
Que não te acompanhe a esmo,
Serve a todos com bondade
E servirás a ti mesmo.
Muitas perguntas e exames
Quase sempre são a grade
Que impede a glória sublime
Dos vôos da caridade.
Muito pobre, ao receber
A fortuna transitória,
Enfeita o bolso e a cabeça
E logo perde a memória.
Por gritos da ignorância
Não vivas de alma enfermiça.
A selvagem voz do burro
Não sai da cavalariça.
Não te queixes contra o tempo
Que a luta no bem te cobra.
Quem aproveita o minuto
Encontra tempo de sobra.
Não faças em tua vida
A estranha repetição
Daquilo que não te agrada
Na vida de teu irmão.
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