quarta-feira, 21 de maio de 2014

A CARPINTARIA



Nem todos identificam,
No curso de todo o dia,
A lição maravilhosa
Que vem da carpintaria.

Madeira escura e selvagem,
Do seio da natureza,
Vem de longe por buscar
A forma e a delicadeza.

Ao rumor do maquinismo
Que se agrupa na oficina,
O artífice representa
A Inteligência Divina.

A serra corta vibrando,
A enxó elimina a aresta,
O torno canta a harmonia,
Tudo em júbilos de festa.

O esforço de seleção
Efetua-se a capricho;
Sujidades, excrescências,
São matérias para o lixo.

A simples madeira bruta,
Na grande transformação
Brilha agora na obra prima
De serviço e perfeição.

Todavia, para isto,
As peças e os elementos
Submeteram-se humildes
À pressão dos instrumentos.

Assim também a alma humana,
Na oficina da existência
Precisa submeter-se
Às plainas da experiência.

Recordemos, sobretudo,
Com humildade e com fé,
O Divino Carpinteiro
Que passou por Nazaré.

*

Busquemo-Lo nos caminhos,
E atende, meu caro irmão:
Se queres a Luz da Vida
Entrega-lhe o coração.



Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier






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