sábado, 24 de maio de 2014

O LAGO



Todo lago tem seu nível.
Qualquer um, raso ou profundo,
É patrimônio a dispor
Na tábua dos bens do mundo.

A questão toda é saber,
A golpes de paciência,
Utilizar-lhe os proveitos
Com bondade e inteligência.

Diversos homens acusam
As águas estacionadas,
Como poços enfermiços
De forças envenenadas .

Mas, como tudo na terra,
O lago pede, também,
A compreensão de seus donos
Na lei que edifica o bem.

Se recebe o seu auxilio,
Retribui toda a atenção,
Dando vida e movimento
Aos quadros da Criação.

Se alguém lhe defende as águas,
Protegendo-lhe a limpeza,
É um espelho cristalino
Na estrada da natureza.

De dia, trabalha e dá,
Sob os ventos generosos;
De noite, reflete a luz
Dos astros cariciosos.

Mas, a fim de ser mantido
No esforço nobre e fecundo,
É bom que ninguém lhe agite
O lodo que está no fundo.

O lago retrata a vida
Nos quadros em que repousa.
Todo homem tem seu nível.
Para o bem de alguma coisa.

*

Um a um, pedem respeito
Aos seus níveis de existência,
Pois todos guardam consigo
O lodo da experiência.



Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier



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