O dia vem
longe ainda,
Fulgura o
brilho estelar...
Mas nos
campos da fazenda
E’ hora
de trabalhar.
O dever
chama aos serviços
Da luta
risonha e sã,
Na divina
voz das aves
Que
cantam pela manhã.
A tarefa
atinge a todos
Nos
roçados, no paiol,
Tudo
expressa movimento
Precedendo
a luz do sol.
Ali,
corta-se, acolá
Dispõe-se
de novo a leira,
Aqui,
combate-se os vermes
Que
atacam a sementeira.
Ninguém
para. Todos lutam.
Há
cantares da moenda,
Contando
a história do açúcar
Nos
caminhos da fazenda.
Entretanto,
se o programa
E’
repouso, calma e sono,
Em breve,
a propriedade
Vive em
trevas do abandono.
Serpentes
invadem campos,
Há cipó
destruidor,
O mato
chega às janelas,
Procurando
o lavrador.
Enquanto
a enxada descansa
Esquecida
e enferrujada,
A casa
desprotegida
Prossegue
em derrocada.
Quem não
vê na experiência
Tão
simples, tão conhecida,
A zona
particular
Nos
quadros da própria vida?
*
Rico ou
pobre, fraco ou forte,
Não te
entregues à inação,
Que a
vida é a fazenda augusta
Guardada
na tua mão.
Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier
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