quarta-feira, 16 de abril de 2014

ARQUIVO MORTO


Ary Brasil Marques

O ser humano tem a capacidade de reter, em sua memória, todos os fatos vivenciados por ele na sua trajetória de vida.

Os fatos mais importantes, assim como o nome e a fisionomia das pessoas queridas, ficam gravados em um compartimento especial, que pode ser acessado rapidamente e a qualquer hora. Os outros, que não têm para a pessoa importância especial, são armazenados em outra área, e muitas vezes são acessados com mais dificuldade e esforço.

É interessante que algumas pessoas têm mais facilidade em se lembrar da fisionomia de seus conhecidos, enquanto outros se lembram dos nomes. Alguns custam a se lembrar dos nomes, precisando muitas vezes fazer um exercício mental passando pelas letras do alfabeto até localizar em sua mente o nome esquecido.

As coisas de rotina e o que não interessa guardar são colocadas em um arquivo morto, tal como fazem as empresas com os papéis e documentos antigos e que não são mais necessários.

Quando renascemos na Terra, trazemos conosco um arquivo de vidas anteriores, em compartimento fechado e inacessível pela nossa memória.

Esse arquivo nos é ocultado por Deus para nos proteger na nova existência, pois geralmente somos colocados diante de inimigos do passado para aprendermos a lhes amar e isso fica mais fácil se não nos lembrarmos de episódios anteriores.

No plano espiritual há um arquivo detalhado de cada um de nós, e que é chamado de arquivo akásico. Lá fica a nossa história, as nossas conquistas, as nossas quedas e ações positivas e negativas. Esse arquivo só pode ser acessado pelo próprio espírito ou pelos mentores e entidades mais avançadas.

Para muitos, há um inconsciente coletivo que registra tudo, e tentam explicar os fenômenos de comunicação dos espíritos pela mediunidade dizendo que os fatos trazidos pelos médiuns são tirados desse inconsciente coletivo. Não cremos assim, pois achamos que ninguém pode acessar a memória anterior de seu semelhante.

Os nossos arquivos de memória às vezes são bloqueados por problemas físicos, o que acontece, por exemplo, com as pessoas acometidas pelo Mal de Alzheimer.

Durante o período de sua doença, as pessoas se assemelham a um computador com defeito: os arquivos estão lá, mas não podem ser acessados.

Acredito que nos planos espirituais mais elevados, não haja limitações, e todos terão acesso a todas as suas experiências da vida atual e das anteriores.

SBC, 03/09/2008.

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