Joana D'Arc
A França era um país curvado
ao poderio inglês. Não era propriamente um país como hoje é conhecido.
Constituía-se de vários feudos.
E foi numa aldeia ignorada
até então que, em 1412 nasceu uma criança que se tornaria célebre e célebre
faria Domremy.
Filha de pobres lavradores,
aprendeu a fiar a lã junto com sua mãe e guardava o rebanho de ovelhas. Teve
três irmãos e uma irmã. Não aprendeu a ler, nem a escrever, pois cedo o
trabalho lhe absorveu as horas.
A aldeia era bastante
afastada e os rumores da guerra demoravam a chegar. Finalmente, um dia, Joana
d'Arc tomou contato com os horrores da guerra, quando as tropas inglesas se
aproximaram e toda a família precisou fugir e se esconder.
Aos 12 anos começou a ter
visões. Era um dia de verão, ao meio-dia. Joana orava no jardim próximo à sua
casa, quando escutou uma voz que lhe dizia para ter confiança no Senhor. A
figura que ela divisou, identificou como sendo a do arcanjo São Miguel. As duas
mensageiras espirituais que o acompanhavam, como Catarina e Margarida, santas conforme
a Igreja que ela frequentava.
Eles lhe falam da situação
do país e lhe revelam a missão. Ela deve ir em socorro do Delfim e coroá-lo rei
de França.
Durante 4 anos, ela hesitou
e a história de suas visões começou a se espalhar.
Ao alvorecer de um dia de
inverno, ela se levanta. Está decidida. Prepara uma ligeira bagagem, um embrulhozinho,
um bastão de viagem, murmura adeus aos seus pais e parte. Nunca mais aquela
aldeia da Lorena a verá.
Igreja, de conviver com
homens nos campos de batalha, de manejar a espada.
O objetivo era provar que
Joana era uma enviada do demônio. Consequentemente, se desmoralizaria o rei
Carlos VII. Afinal, que espécie de rei era aquele que se deixara enganar por
uma bruxa?
Durante 6 meses ela é
submetida a uma verdadeira tortura moral. Os interrogatórios são longos,
cansativos. Finalmente, a execução se dá na praça central de Rouen, no dia 30 de
maio de 1431.
Seu cabelo foi raspado e,
por temerem a reação do povo, 120 homens armados a escoltam até o local. Ela é
atada a um poste e a fogueira é acesa.
Quando as chamas a envolvem
e lhe mordem as carnes, ela exclama: "Sim, minhas vozes eram de Deus!
Minhas vozes não me enganaram."
Era a prova inequívoca da
mediunidade que lhe guiara a trajetória terrena.
No capítulo XXXI de O livro
dos médiuns, vindo a lume no ano de 1861, quando o Codificador reúne
Dissertações Espíritas, confere à de Joana D'Arc o número 12, onde ela se
dirige aos médiuns, em especial, concitando-os ao exercício do mediunato.
Recomenda-lhes, ainda, que
confiem em seu anjo guardião e que lutem contra o escolho da mediunidade que é
o orgulho. Conselhos que ela, em sua
vida terrena, na qualidade de médium, muito bem seguira.
Fonte: Joana
D'Arc, médium, Léon Denis
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