Zilda Gama
Zilda
Gama foi uma das mais celebradas médiuns do Brasil. Nasceu em 11 de março de 1.878,
em Três Ilhas, em Juiz de Fora (MG), e desencarnou em 10 de janeiro de 1.969,
no Rio de Janeiro. Era a segunda filha, dos 11 filhos de Augusto Cristina da
Gama, escrivão de paz, e Elisa Emílio Klörs da Gama, professora estadual.
Fez
seus estudos com a própria mãe. Posteriormente, matriculou-se na Escola Normal
de São João Del Rei, onde recebeu o diploma de professora primária.
Ainda
jovem, com apenas 24 anos, ficou órfã dos pais, tendo que assumir a direção da
casa, cuidando de cinco irmãos menores e, posteriormente, de outros cinco
sobrinhos órfãos.
Foi
professora e diretora de escola, sendo agraciada em concursos promovidos pela
Secretaria de Educação de Minas Gerais. Ainda jovem, Zilda Gama começou a
perceber a presença dos Espíritos. Recebeu mediunicamente mensagens de seu pai
e de sua irmã, já desencarnados, que a aconselhavam e a consolavam nos momentos
de provações difíceis pelos quais estava passando.
Em
1.912, recebeu interessante mensagem assinada por Allan Kardec. Após essa
manifestação, o Codificador propiciou-lhe outros ensinamentos, os quais foram
impressos no livro Diário dos Invisíveis, publicado em 1.929.
Em
1.916, os Benfeitores informaram-lhe que passaria a psicografar uma novela,
fato que a deixou bastante perplexa. O Espírito de Victor Hugo passou então a
escrever por seu intermédio.
Dentro
de pouco tempo, a primeira obra, Na Sombra e na Luz, estava completa.
Posteriormente,
sob a tutela do mesmo Espírito, vieram os livros Do Calvário ao Infinito,
Redenção, Dor Suprema e Almas Crucificadas, todas
publicadas pela FEB.
Incontestavelmente,
os grandes medianeiros que têm servido de ponte entre os mundos material e
espiritual, no trabalho meritório de descortinar novos horizontes para a
conturbada humanidade terrena, foram missionários, podendo-se mesmo afiançar
que na constelação dos médiuns que brilharam na Terra, prodigalizando aos homens
novos conhecimentos e preparando o terreno para a implantação da verdade, Zilda
Gama brilhou de modo fulgurante, cabendo-lhe uma posição das mais proeminentes.
O
trabalho de Zilda Gama na imprensa leiga − Em 1.927, participou do Congresso de
Instrução, em Belo Horizonte. Em 1.929, obteve o primeiro lugar em concurso
promovido pela Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, com um
trabalho sobre Aulas - Modelo, quando foi inscrita na Escola de Aperfeiçoamento
de Belo Horizonte, concluindo o curso em 1.931, no mesmo ano em que no Brasil
houve intenso movimento em prol dos direitos femininos.
Zilda
Gama foi autora da tese sobre o voto feminino, no Congresso, a qual foi
aprovada oficialmente.
Escreveu
contos e poesias para vários jornais, destacando-se o Jornal do Brasil, a
Gazeta de Notícias e a Revista da Semana, todos da antiga capital federal.
Exerceu
o jornalismo profissional em jornais de Juiz de Fora e Ouro Preto, São Paulo e
Rio de Janeiro.
Os
livros mediúnicos psicografados por Zilda Gama fizeram época na literatura
espírita, além de terem o mérito de suavizar muitas dores e estancar muitas
lágrimas. Foi a primeira, no Brasil, a receber tão vasta literatura do mundo
espiritual.
Outras
publicações produzidas pela sua mediunidade: Solar de Apoleo, Na
Seara Bendita, Na Cruzada do Mestre e Elegias Douradas.
Didata
por excelência, organizou os seguintes livros: O Livro das Crianças, Os
Garrotilhos, O Manual das Professoras e O Pensamento.
A
mensagem que Kardec lhe ditou em 1.912 − Não obstante as grandes lutas morais
que teve que sustentar, Zilda Gama se constituiu na orientadora de muitas
criaturas.
Em
1.959, após sofrer derrame cerebral, viveu numa cadeira de rodas, assistida
pelo sobrinho Mário Ângelo de Pinho, que lhe fazia companhia.
Zilda
Gama, alma de escol, dedicou toda a sua longa existência ao propósito de
difundir no Brasil a consoladora Doutrina dos Espíritos e, tendo vivido até
quase os 91 anos, tornou-se paradigma para todos os que encaram a mediunidade
como sacerdócio lídimo e autêntico.
Fonte:
site:
www.oconsolador.com.br
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