John Wilmot Rochester
O
Espírito que conhecemos sob o nome de conde de Rochester, está intimamente
ligado - no que se refere à produção de suas obras - ao da médium Wera Krijanowskaia.
Pouca
coisa pode-se dizer a respeito de John Wilmot, conde de Rochester, no que concerne
a sua existência física.
Almirante
célebre no reinado de Carlos II, da Inglaterra, foi autor de poesias satíricas,
bastante apreciadas em sua época, e possuía vasta cultura.
Nasceu
em 1.647 e morreu em 1.680, aos 33 anos de idade.
Missão
No
estado de Espírito, Rochester recebeu a missão de trabalhar pela propagação do
Espiritismo. Para poder cumprir a tarefa, escolheu e preparou desde a infância
a médium Wera Ivanova Krijanowskaia, jovem filha de distinta família russa.
Não
obstante haver recebido sólida instrução no Instituto Imperial de S.
Petersburgo, Wera não se aprofundou em nenhum ramo de conhecimento. Sua
mediunidade consistia, principalmente, na escrita mecânica. O automatismo que a
caracterizava fazia sua mão traçar as palavras com rapidez vertiginosa e
completa inconsciência de ideias.
As
narrações que lhe eram ditadas denotam amplo conhecimento da vida e dos costumes
antigos e trazem em suas minúcias tal cunho de feição local e de verdade histórica,
que é difícil ao leitor não lhes reconhecer a autenticidade. Afigurasse-nos impossível
que um historiador, por mais erudito que seja, possa estudar, simultaneamente e
a fundo, épocas e meios tão diferentes como as civilizações assíria, egípcia,
grega e romana; bem como costumes tão dessemelhantes quanto os da França de
Luís XI e os da Renascença.
No
período compreendido entre 1.882 e 1.920, foram escritos 51 romances, quinze
dos quais têm tradução para o português: “O Chanceler de Ferro”, “O Faraó
Mernephtah”, “Romance de Uma Rainha” (2 volumes), “Episódio da Vida de Tibério”,
“Herculanum”, “O Sinal da Vitória”, “A Abadia dos Beneditinos”, “Naema, a Bruxa”,
“A lenda do Castelo de Montinhoso”, “A Vingança do Judeu”, “A Feira dos Casamentos”,
“Na Fronteira”, “O Elixir da Longa Vida, “A Noite de São Bartolomeu” e “Narrativas
Ocultas”.
Obra
A
temática da obra de Rochester começa no Egito faraônico, passa pela antiguidade
greco-romana e pela Idade Média e chega até o século XIX. Nos seus romances, a realidade
navega num caudal fantástico, em que o imaginário ultrapassa os limites da verossimilhança,
tornando naturais fenômenos que a tradição oral cuidou de perpetuar como
sobrenaturais.
O
referencial de Rochester é pleno de conteúdo sobre costumes, leis, antigos mistérios
e fatos insondáveis da História, sob um revestimento romanesco, onde os aspectos
sociais e psicológicos passam pelo filtro sensível de sua grande imaginação.
A
classificação do gênero, em Rochester, é dificultada por sua expansão em várias
categorias: terror gótico com romance, sagas de família, aventuras e incursões
pelo fantástico.
É
tão grande o número de edições das obras de Rochester, espalhadas por inúmeros países,
que não é possível fazer ideia de sua magnitude, principalmente ao se
considerar que, segundo os pesquisadores, muitas dessas obras são desconhecidas
do grande público.
Diversos
cultores dos romances de Rochester efetuaram (e, quiçá, efetuam) pesquisas em
bibliotecas de vários países, notadamente na Rússia, para localizar obras ainda
desconhecidas. É o que se depreende dos prefácios transcritos em diversas
obras.
Considerações
finais
Nesta
sucinta descrição da vida e obra de Rochester, tendo em vista o grande número
de obras publicadas, abstivemo-nos de relacionar todas elas. O leitor interessado,
todavia, encontrará a relação completa no livro Narrativas ocultas.
A
Sociedade Científica de Espiritismo de Paris publicou uma mensagem mediúnica de
Rochester, que figura no prefácio da obra “Episódio da Vida de Tibério”, em francês,
na qual ele afirma que muitas narrativas completariam sua obra mediúnica, e que
a última a aparecer seria “Memória de um Espírito Errante”, com a descrição da
última encarnação dos autores do drama secular de suas obras, e que estariam
encarnados na Terra neste período.
Segundo
afirmativa dos membros do grupo espírita no qual Rochester se manifestava, a obra
referida seria seu trabalho capital e uma espécie de enciclopédia do
Espiritismo.
Narrando
as existências de diversos Espíritos, que a cada vez voltam a sofrer uma nova prova
terrestre, essas obras estabelecem o princípio da reencarnação progressiva, tal
como foi ensinado por Allan Kardec, em contraste com o dogma do inferno eterno,
desmentido formal às desesperadas palavras de Dante: Lasciate ogni speranza voi
ch'entrate!
Fonte:
site:
www.searabendita.org.br
Grata pelas informações, abraços
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