Lírio da Silva Ferreira
Nascido
em Recife, a 19 de Maio de 1898, filho de Domingos da Silva Ferreira e Amália
de Carvalho Ferreira, contraiu matrimônio aos 19 anos de idade com D. Maria da
Glória Acióli Ferreira, tendo deixado dez filhos.
Exerceu
durante 44 anos, as funções de caixa da hoje Companhia Brasileira de Linhas
Correntes S.A.
Foi
em 1.918 que Lírio foi pela primeira vez à Federação Espírita Pernambucana, ali
levando uma sua empregada obsedada para receber tratamento espiritual.
Por
cerca de um ano compareceu ele às reuniões públicas. A doente, após ficar
curada, esqueceu-se do meio espírita. Lírio, ao contrário, mergulhou cérebro e
coração na Doutrina, ampliando seus conhecimentos na leitura de inúmeros livros
espíritas.
Tornando-se
sócio da FEP, foi logo chamado para auxiliar no Departamento de Assistência aos
Necessitados. Foi convidado para participar da Comissão de Contas e após vários
anos foi a vice-presidência da FEP. Subiu à presidência da FEP apoiado por
todos que já lhe conheciam o caráter, o denodo no trabalho, o coração
evangélico e a cultura doutrinária. Sendo sempre reeleito, conduziu a FEP com
pulso firme, em perfeita sintonia com as diretrizes febianas.
Lírio
Ferreira foi sempre um sincero amigo da Federação Espírita Brasileira, que teve
nele um admirador profundo e leal. Dedicava uma consideração sem limites ao
presidente da Casa de Ismael, Sr. Wantuil de Freitas, a quem dava ciência de
tudo quanto se passava no seu Estado, com ele permutando ideias sobre a solução
dos assuntos mais inquietantes e delicados do campo espírita.
A
sua constância ao trabalho, a sua integridade moral e a sua fidelidade aos
princípios doutrinários foram o escudo contra o qual em vão se arremessaram as
setas da malevolência e do despeito.
Ocupou
a presidência da FEP por quatorze anos. Onze dias após a sua última reeleição,
foi Lírio acometido de enfarte, que o conservou afastado, por algum tempo das
atividades junto à FEP. Mas, logo que lhe permitiram as forças físicas, ele
continuou a frequentar a sua querida Casa e até mesmo a presidir-lhe as
reuniões.
Sua
maior alegria, nos últimos tempos, era dar à FEP, a chamada Casa de Itagiba,
uma nova sede, com novos departamentos assistenciais. Apesar das dificuldades
financeiras, ele conseguiu, graças à perseverança de seus esforços, levantar as
novas construções, deixando-as em fase de acabamento e já com algumas
instalações em plena atividade.
Aos
14 de Janeiro de 1.965, Lírio da Silva Ferreira, desencarnava na cidade do
Recife. Fora um modelo de virtudes e de trabalho construtivo na Seara Espírita
Brasileira e, se mais não se projetou, foi por causa de sua extrema modéstia e
humildade cristã. Foi sempre um incansável trabalhador, um abnegado servo na
vinha do Mestre Jesus.
Livro:
Grandes Espíritas do Brasil
Autor:
Zêus Wantuil
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