Ary Brasil Marques
Deus criou o homem de maneira tão perfeita que o corpo humano possui
recursos extraordinários para sua proteção.
Quando um efeito pode ser danoso ao organismo físico, este reage através
do cansaço, da dor, da febre, do rubor do rosto ou da sensação de frio ou de
calor.
No momento do perigo, o corpo libera adrenalina, que permite ao ser
humano usar com agilidade de todos os seus recursos de defesa.
Acreditamos que as crises que acontecem na vida são trampolins para
reações positivas de nossa parte, e que nos dão forças para resistir aos
impactos das ocorrências. É devido a essa ajuda divina que podemos resistir a
problemas graves como as doenças, as decepções, perda de empregos ou partida
para o mundo espiritual de pessoas queridas.
Um exemplo dessa força é o que nos acontece quando nos vemos diante de um
perigo.
Perseguidos por um cão feroz, nosso corpo dá o alarme. Ao soar o alarme,
doses maciças de adrenalina são despejadas na corrente sanguínea. A respiração
acelera-se para fornecer dose extra de oxigênio. O coração bate mais rápido –
cinco vezes o normal – e a pressão sanguínea sobe. Reservas de açúcar são convertidas
em glicose para fornecer energia extra ao organismo. O sistema circulatório
desvia para o cérebro e para os músculos o sangue de funções não essenciais
para a batalha, como a digestão, que é interrompida. A visão, a audição e o
raciocínio ficam aguçados. Ficamos ágeis e somos capazes de subir em grades
altíssimas que em situação normal jamais conseguiríamos.
Acredito que as crises são necessárias ao desenvolvimento do homem, ao
seu melhor preparo para enfrentar os obstáculos do caminho e lhe dar condições
para novas descobertas. Elas tiram o homem de sua vida cômoda, fazem-no mais
ativo, mais criativo, mais ágil em todos os sentidos.
A crise financeira atual obriga o homem a buscar alternativas de vida,
suprimir gastos inúteis e deixar de lado seu comodismo habitual.
Aproveitemos a crise para crescer e evoluir, e dar graças a Deus pelo
fato de estarmos vivos e em perfeitas condições físicas e emocionais para
vencermos a batalha que a mesma nos trouxe.
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