BADY ELIAS CURI
Figura das mais conceituadas
e queridas em Belo Horizonte , Bady Elias Curi não foi apenas o incansável
colaborador do Movimento Espírita, com repercussão favorável em todo o Estado
de Minas Gerais. Legou-nos exemplos de bondade, de fraternidade, destacando-se
também na abnegada colaboração que prestava a tarefas assistenciais, procurando
proporcionar amparo material e espiritual aos mais carentes.
Bady Elias Curi nasceu em
Mehd, no Líbano, a 13 de fevereiro de 1903. Era filho de Elias Curi e D. Maria
Miguel Curi. O seu irmão mais velho, José Elias Curi, já vivia no Brasil, na
vila de São Pedro do Pequiri (MC).
Em 1913, juntamente com sua mãe, emigrou
para o Brasil e foi residir em companhia do irmão.
Em 1921, contava ele 18 anos
de idade, quando iniciou as suas atividades no Espiritismo, levado por Claudino
Dias, na cidade de Barra do Piraí (RJ), fundador do Grêmio Espírita de
Beneficência, em 1886, e do Asilo Espírita “Santo Agostinho”, em 1920, para
velhice desamparada. Bady era tão correto e tão estudioso que Claudino Dias não
teve dúvida de confiar-lhe a direção do Centro, o que fez com elevado espírito
de colaboração e competência.
Transferindo-se para Belo Horizonte,
onde se fixou definitivamente, estabeleceu-se no comércio. Casou-se com Maria
de Oliveira Curi. Do consórcio nasceram os filhos Léa Curi Viana, casada com
Edson Albuquerque Viana, e Bady Raimundo Curi (estudante de Direito), que na
época da sua desencarnação estava no quarto ano. Deixando ainda dois netinhos:
Mariléa e André Luiz.
Em 1943, associou-se à União
Espírita Mineira, entidade federativa daquele Estado, sendo eleito vice-
presidente em 1948.
Com a desencarnação do dr. Camilo Rodrigues Chaves, em 3 de
fevereiro de 1955, Bady foi eleito presidente. Deixou assinalados serviços à
Causa Espírita. Na UEM criou a Farmácia Homeopática, o Gabinete Dentário, o
Serviço de Assistência Jurídica e outros departamentos e ampliou o estudo
doutrinário e evangélico.
Lutou pelos ideais da
Unificação sugeridos pelo Pacto Áureo, em 1949, e nessa tarefa visitou quase
todas as Casas Espíritas de Minas Gerais, realizando palestras para esclarecer
o programa da Unificação, incentivando ainda campanhas para criação das sedes
próprias.
Ao mesmo tempo era
conselheiro do Hospital Espírita André Luiz; presidente de honra do Solar
Espírita Joana D'Arc; presidente da Sopa dos Pobres; presidente do Centro
Espírita Luz, Amor e Caridade. Foi fundador das seguintes instituições: Colégio
O Precursor, do Cenáculo Espírita Thiago Maior; da Sopa dos Pobres (Sociedade
de Amparo à Pobreza); Escola Primária Paschoal Comanducci; Cenáculo Espírita
Antônio de Pádua, Centro Espírita Judas Thadeu; da Congregação Espírita
Feminina Casa de Bethânia; e o Centro Espírita Francisco de Assis. Teve
participação destacada em diversos Congressos Espíritas nacionais e
pan-americanos.
Bady Elias Curi retornou à
Pátria Espiritual no dia 30 de março de 1962, na cidade de Belo Horizonte, no
exercício da presidência da União Espírita Mineira. Ainda hoje aqueles que o
conheceram recordam de seu trabalho e da sua voz empolgada na defesa dos ideais
cristãos, convicto de que o Espiritismo é a porta da Esperança para um Mundo
melhor.
Fonte: Revista
Internacional do Espiritismo, Matão, maio de 1994,
p.120.
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