quinta-feira, 3 de abril de 2014

OTIMISMO E PESSIMISMO


Ary Brasil Marques

Quando passamos perto dos pontos de ônibus, das estações de trens suburbanos ou do metrô, nas grandes cidades do País, costumamos observar o rosto das pessoas e também ouvir trechos do que elas falam.

Notamos com tristeza que há por parte da população um pessimismo muito grande em relação ao futuro. Ninguém está contente. As fisionomias geralmente apresentam rostos tristes, repletos de preocupações e marcados pelo sofrimento. Reclama-se de tudo. Fala-se das condições de vida, a economia, os transportes, os planos de saúde, os impostos, a corrupção e os governos. Todos reclamam dos salários baixos, das más condições das ruas, do aumento das dívidas e da falta de empregos e de oportunidades.

Isso nos leva a uma profunda reflexão. Devemos ser otimistas ou pessimistas? Ver as coisas com lentes cor de rosa transformam as coisas más em coisas boas?

O pessimismo é muito negativo e sintoniza a mente humana nos aspectos mais infelizes e de resultado desastroso. Ele leva a pessoa a se concentrar no mal, no prejuízo, na doença e nos acontecimentos nefastos.

Achamos que encarar a vida de maneira otimista é melhor, desde que esse otimismo venha acompanhado de ação. Acreditar que Deus vai, em um passe de mágica e sem esforço de nossa parte, mudar de repente o que vai mal em coisas boas é um erro. Somos os construtores de nosso destino. Depende do trabalho e do esforço de cada um a conquista de melhores condições de vida.

Criticamos o governo, mas nos esquecemos de que nós somos os responsáveis por ele e que foi o nosso voto que ajudou a elegê-lo.

Podemos mudar o curso dos acontecimentos com o nosso trabalho. Precisamos antes mudar a nós próprios, e depois influir pelo exemplo e pela orientação na vida de nossos entes queridos, para em seguida levar à toda a sociedade uma mudança positiva.

Pela ação diuturna poderemos mudar o mundo. Nossas armas são o amor, a solidariedade, a fraternidade, a honestidade e o trabalho. Usando esses recursos alcançaremos o objetivo de tornar o nosso planeta um local mais agradável para a vida humana.

Sejamos otimistas sim, mas não nos esqueçamos de que otimismo sem trabalho e sem ação será tão inútil quanto o pessimismo que combatemos.

SBC, 27/06/2007.


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