quinta-feira, 10 de abril de 2014

OS CRAVOS DA IMCOMPREENSÃO


Jamais revides as ofensa e calúnias recebidas, parta de onde partir, mesmo que reconheças o autor, posto que o revide, encarcera ambos na mesma onda vibratória de antagonismo, dificultando ainda mais, as possibilidades de um saudável entendimento, pré-requisito para uma reconciliação.

Quem ofende ou calunia, provavelmente encontra-se enfermo na área dos sentimentos nobres, tendo mais necessidade de oração, conforme receita Jesus quando recomenda: “orai pelos que vos perseguem e caluniam...” adotando uma conduta amistosa e compreensiva, demonstrando assim, que já consegue interiorizar os ensinamentos de Jesus em teu cotidiano, enquanto o ofensor ainda encontra-se enredado numa semeadura infeliz, de cuja colheita atormentadora não logrará escapar.

Não te queixes e nem divulgues qualquer difamação ou injúria sofrida, requisitando apoio e consideração dos amigos em redor de ti, como se fosses inocente vítima da maldade alheia, silencie os teus queixumes e permanece fiel e compenetrado das responsabilidades que te cabem, pois o trabalho é uma excelente laborterapia, ensinando o indivíduo a buscar em si mesmo, os mecanismos capazes de libertá-lo das exigências do “ego”, a fim de reconquistar a harmonia íntima, o equilíbrio das emoções e a paz no coração.

Jesus usava constantemente a paz, como saudação inicial quando cumprimentava a todos, indistintamente, dizendo: “A minha paz eu vos dou...”, evidenciando a necessidade de construirmos em nós, essa tão almejada paz, que ainda temos dificuldades em edificar dentro de todos nós.

Arquive as injúrias e calúnias no cofre do esquecimento, como se fosse um depósito que estivesse fazendo numa poupança, no banco da Divina Providência, para que no momento oportuno, pudesses contar com algum crédito, afim de usa-los nas situações difíceis da vida.

O mal maior que pode nos suceder, não é sermos vítimas de ofensas ou calúnias de qualquer espécie, posto que tal ocorrência pode ser herança de nossas ações do passado; o que é profundamente letal para a criatura é ser a causa do mal, em qualquer nível em que se expresse, posto que nos torna maus.

Caso encontres dificuldades, para silenciar as batidas descompassadas do coração, que se movimenta aceleradamente no peito, em razão destas mágoas, não hesite e entregue-as ao zeloso senhor chamado Tempo, que detém o poder de apagar de nossos registros íntimos, quaisquer vestígios de feridas ou cicatrizes, que teimam em permanecer sinalizando as marcas dos cravos da incompreensão, cujos vestígios pretendes esquecer.

Sendo assim, trabalhe os conhecimentos que já deténs, utilizando-os como ponto de partida para as tuas reflexões, entendendo que quanto mais conhecimentos possuis, mais instrumentos capazes de superar tais conflitos estão disponíveis para teu uso e benefício.
Além disso, quando tomas a iniciativa de manter o propósito de não revidar, certamente receberás dos Amigos da Vida Maior, uma ampla assistência espiritual secundando os teus esforços, o que fatalmente irá conduzi-lo ao saudável sucesso dessa empreitada.

Persevere com determinação nesta elevada sintonia espiritual, domando as más inclinações íntimas, de teor negativo, anulando o perfil de vítima, inofensiva e indefesa, posto que o espírita, é reconhecido naturalmente, pelo esforço que ele empreende para ser hoje, no presente, melhor do que ele foi ontem, no passado, e amanhã, no seu futuro, ele seja bem melhor do que logrou ser no dia de hoje.

É importante observar, que todas estas ações, dependem unicamente de ti próprio e de mais ninguém.


Albino da Santa Cruz

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