Ary Brasil Marques
Cada vez que ligamos a
televisão, ficamos estarrecidos com as notícias de corrupção envolvendo
políticos e pessoas ligadas ao governo.
Não cabe a nós, no preparo
do presente texto, julgar a veracidade dessas notícias, pois em tudo que se
ouve não existe um julgamento final completo, com possibilidade de defesa ampla
e total por parte das pessoas acusadas.
Podemos, no entanto, chegar
a algumas conclusões. A primeira delas é que cada povo tem o governo que
merece. Os governantes são eleitos por nós mesmos, em eleições livres e sérias.
Todos os candidatos são pessoas que foram escolhidas pelo nosso voto, e eles
são parte de nossa população, de nosso meio.
É claro que se a população
fosse composta na maioria por pessoas boas, decentes, honestas, certamente os
representantes do povo que saíram desse grupo também seriam pessoas honestas.
A segunda conclusão é de que
aqueles que usarem do poder em proveito próprio poderão escapar do julgamento
dos homens, mas não ficarão impunes e responderão um dia pelos seus atos pois a
lei de causa e efeito é certa.
Antes de julgarmos a priori
e apenas por ter ouvido falar pela TV ou pela imprensa, sem analisar todos os
aspectos da questão, vamos caprichar mais na escolha de nossos representantes.
Antes de votar, vamos passar
os candidatos pelo crivo da razão, da análise da vida pregressa de cada um, dos
benefícios ou malefícios que o mesmo eventualmente tenha feito para a sociedade
e para o planeta.
Vamos registrar em uma
agenda todos os nomes das pessoas que tenham cometido atos menos dignos e tomar
o cuidado de jamais votarmos neles.
Busquemos anotar igualmente
os nomes das pessoas de respeito, daqueles que fizeram alguma coisa boa para a
comunidade sem visar interesses próprios.
Nosso voto é poderoso. Somos
responsáveis por todos os atos de corrupção feitos por nossos escolhidos, caso
tenhamos votado mal, sem análise, sem cuidado.
Está na hora de purificar a
política. É possível ter políticos sérios e bem intencionados, e isso é fruto
do trabalho de cada um de nós.
Um dia, quem sabe, nos orgulharemos
de nossos políticos.
SBC, 21/09/2007.
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