domingo, 13 de abril de 2014

A EDUCAÇÃO COMO IDEAL


Ao dizer “...aprendei comigo, que sou brando e humilde de coração”, Jesus se posiciona como um mestre, professor e educador, que não se limita a cumprir um programa, de conteúdo distante das experiências vividas pelos alunos e educandos, atrelado à exemplificação daquele que ministra as lições, e que ainda se apresenta como paradigma para servir de modelo e, como se pode observar, ainda leciona requisitos de virtudes morais, como brandura e humildade, para garantir uma edificante semeadura aos seus aprendizes.

Um educador para ser eficiente em sua nobre tarefa de educar, precisa aliar à sua ação, um cabedal de atividades interativas, que permitam ao aprendiz, uma imediata aplicação prática daquilo que está aprendendo, para que as lições teóricas mostrem o lado prático condizente, capaz de transformar-se em hábito saudável e promissor, posto que, educar é cultivar hábitos, portanto educar bem, é cultivar bons hábitos, que somente serão adotados como roteiros iluminativos, quando estiverem acompanhados dos mais variados exemplos extraídos das vivências do cotidiano.

Educar é uma arte grandiosa e nobilitante que favorece ao educando, a formação de um caráter ético, íntegro e pacifico, posto que alicerçado por princípios justos e equânimes, e, a educação espírita ainda conta com um arrazoado de qualidades e virtudes defluentes da ética cristã, que imprime justiça, amor e caridade aos demais ensinamentos.

O aprendizado da justiça, do amor e da caridade é um excelente programa de educação moral, que possibilita ao aluno, caminhar com segurança rumo ao autoaperfeiçoamento capaz de garantir-lhe harmonia e paz na vida.

Não é por acaso, que Jesus ao falar que “o Reino de Deus está dentro de nós” sinaliza uma síntese pedagógica de intensa profundidade moral como podemos deduzir do convite: “buscai primeiro o Reino de Deus (dentro de cada um) e sua justiça (um dos atributos inerentes ao Reino de Deus) e tudo o mais vós será acrescentado”, por decorrência desse processo de busca para se alcançar o auto aperfeiçoamento.

Quando se educa alguém, dentro dos estreitos limites da justiça, certamente, essa educação leva o educando a conscientizar-se do espaço que lhe pertence, fazendo-o reconhecer que a partir daquele ponto, o espaço fronteiriço pertence a outrem, não sendo justo ultrapassá-lo visto que isto iria contrariar uma das leis de Deus, muito embora, como asseverou Paulo de Tarso, “tudo me é permitido, porém, nem tudo me é lícito”, mostrando que a permissão decorre do livre arbítrio de cada um, no entanto, tal ação não é conveniente ao indivíduo, em razão da equanimidade da justiça divina.

Nesse aspecto, o programa educativo que consiste no aprendizado das leis morais, a partir da lei de justiça, amor e caridade é de relevante significado, onde o amor, ocupa o centro dessa síntese sublime unindo a justiça com a caridade, para que o amor, possa inovar as injustiças da terra através das ações da caridade, que todas podem praticar no seio da comunidade onde transita, anulando os efeitos das injustas leis criadas pelos homens, a fim de que em futuro próximo, estas aproximem-se cada vez mais das leis de Deus.

Por isto que, quem ama educa, e quem educa, ama, onde o amor, como já dissemos, tem o nobre ofício de deixar tudo, dentro da mais perfeita harmonia, segundo as Leis de Deus, esse Deus que criou os homens, e não este Deus que os homens criaram.

A educação é um nobre ideal, notadamente, quando ela ultrapassa os limites do dever, e passa a ser exercitada com amor, onde o objetivo maior seja uma educação integral, que permita ao discípulo superar o seu próprio educador, a partir de onde, percebe-se com clareza, que o educando, em razão de suas atitudes integralmente manifestas, mostra com absoluta naturalidade o quanto assimilou do aprendizado, repetindo o modelo inspirador do educador que guiou-lhe os passos.

Nesse aspecto, a Doutrina Espírita possui um extenso acervo de ensinamentos morais, capaz de proporcionar ao aprendiz uma fonte segura de subsídios nas diversas áreas do conhecimento humano, sem afastar-se da religiosidade filosófica que transparece dos apontamentos do Evangelho de Jesus.

Portanto, educar tendo por base este modelo pedagógico de educação, onde, após cada lição ministrada segue-se precioso convite à ação, nas palavras oportunas do Mestre dos Mestres.

“Faze tu o mesmo”.


Anália Franco

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