O retorno do espírito imortal a uma
nova existência corporal, através da reencarnação em outra experiência física,
conforme esclarece o Evangelho de Jesus quando estabelece: “Necessário vos é
nascer de novo”, deixa transparecer a misericórdia Divina ao ofertar estas
oportunidades redentoras para ressarcimento de débitos transatos, com o
precioso auxílio da bênção do esquecimento, que funciona como generoso bálsamo,
temporariamente abominando a memória extra cerebral, a fim de que os erros,
vícios e ações equivocadas do passado, não interfiram ostensivamente nas
propostas de melhoria íntima, que eles trazem como programa evolutivo de
crescimento moral.
Certamente, tais oportunidades
redentoras, encontram-se apoiadas em um planejamento previamente elaborado,
limitando de maneira efetiva, o uso indiscriminado do livre-arbítrio do
indivíduo em razão do abuso a que se permitiu, tendo agora que arcar com o ônus
de cárceres invisíveis e limitadores, na forma de doenças, enfermidades,
lesões, deficiências patológicas e transtornos os mais variados, que compõem os
incontáveis mecanismos reguladores à disposição da Consciência Divina, capaz de
retificar, manejar ou redirecionar o roteiro regenerador do espírito, sem que
isso venha a implicar novos débitos para o espírito reencarnado ou aos que lhes
estão próximos.
É preciso compreender que cada
enfermidade que o Espírito carrega, atende uma necessidade específica de
dificuldade íntima de contendo moral, que precisa aceitar-se resignadamente
umas; que deve conviver-se equilibradamente com outras e, algumas vezes, exige
um processo incessante de buscas, de terapêutica adequada, com recursos
apropriados que permitam anular os malefícios dela decorrentes ou, pelo menos
minimizar os seus desastrosos efeitos. No entanto, em qualquer dos casos e
situações, a resignação, a aceitação, a convivência ou superação dessas
limitações, pressupõe que o indivíduo esteja disposto a disciplinar os seus
impulsos desgovernados, sem permitir ser mais uma vez dominado pelos
arrastamentos inferiores, supostamente irresistíveis, com a velha e gasta
justificativa, amplamente difundida, de que “a carne é fraca”, esquecendo-se
que sem a presença do espírito, que lhe atende às sugestões, a carne não possui
desejos ou vontades de qualquer espécie.
Pode-se, pois, inferir, que toda
enfermidade refletindo-se na veste física, especialmente aquelas que conduz em
seu bojo, as chamadas limitações constrangedoras, principalmente quando estão
visíveis, à mostra e sem disfarces, tem suas matrizes em existências passadas e
objetivam educar o indivíduo na presente jornada, tendo em vista futuros
compromissos evolutivos, além de permitir alcançar um novo estágio de auto
aperfeiçoamento, com uma nova consciência da presença de Deus e suas leis,
através da manifestação da dor como preciosa contribuição educativa, como
também, a constatação de que a reencarnação, é o mais inigualável instrumento
de melhoria progressiva da Humanidade, onde a justiça impostergável de Deus,
alcança os réprobos de todos os matizes, com a exata medida inerente ao estágio
moral de cada um.
Portanto, se fostes agraciado, na
presente experiência física com um corpo limitado, mal formado em sua
morfologia, com a presença de graves lesões ou deficiências, aproveita estes
ensinamentos e analise-as, uma a uma, do ponto de vista do mundo espiritual, a
fim de alargar a tua consciência e o que cada uma delas tem para te ensinar,
ciente que tua jornada é transitória, e tão logo consigas aprender o
significado delas junto a ti, certamente estarás capacitado a superá-las ou
diminuir a importância delas em seu caminho.
Agradece, portanto, o corpo físico
onde momentaneamente habita o teu espírito, com a plena convicção de que Deus
sendo Pai justo, amoroso e bom ofertou-lhe o mais perfeito conjunto de
implementos possíveis nesta vestimenta, com amplas possibilidades para vencer
os obstáculos presentes na tua reencarnação.
Não permita que qualquer limitação,
independente da gravidade com que ela se apresente, impeça o seu espírito de
libertar-se, através da viagem do pensamento, que voa sem fronteiras ou
limites, a uma velocidade indescritível, em átimos de segundo, possa te
encarcerar em um local de um metro quadrado de dimensão, quando tu tens ao seu
dispor, o espaço infinito.
Jesus Gonçalves
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