Costuma-se proclamar, muito frequentemente,
que a Dor é a excelente Mestra para os alunos mais renitentes, através dos mais
inusitados métodos educacionais, conhecido de muitos que já experimentaram-no
na própria pele, com o nome de fracasso, decepção, frustração, perda, exclusão,
rejeição, etc., que são em última análise, técnicas de despertamento e
conscientização para quantos se achem acomodados e indiferentes na escola da
vida.
Sabemos, por conhecimento transmitidos
pelos Espíritos Superiores, que a Terra pode ser conceituada também, como um
Planeta-Escola, que recebe espíritos de diferentes regiões do mundo espiritual,
para recordar velhas lições esquecidas em algum nicho da memória extra
cerebral. Repetir algumas que não foram bem assimilada, e são constantes
motivos de reprovações contínuas; fixar na mente algumas lições, objetivando
graduar-se em posição mais elevada, ou preparar-se para uma longa provação,
cujo testemunho exigirá muita disciplina e serenidade para vencer com mérito e
louvor, como recompensa pelo esforço despedido.
Entretanto, para que todo este arsenal
de técnicas educativas seja levada a efeito, mister se faz, que o espírito
imortal, passe pela benção do esquecimento através do impositivo da
reencarnação, para que as lembranças e reminiscências, do passado longínquo de
outras existências, surjam como minúsculos respingos na existência atual,
através das ideias inatas e das afinidades, para que os erros e equívocos do
passado distante, não preponderem sobre as disposições e propostas evolutivas,
que o espírito quando encarnado deve desenvolver em sua escalada evolutiva de
auto aprimoramento moral.
Neste nascer, morrer e renascer mais
uma vez, continua, conforme nos ensina o professor Rivail, parece contraditório
que seja necessário lembrar para esquecer, através das ideias inatas, das
conquistas que já foram alcançadas, como também, seja necessário esquecer, para
lembrar, através das afinidades e antipatias terrenas, quais são as
imperfeições a vencer, que promovem tantas quedas em razão das tentações nelas
contidas, impedindo alcançar um patamar mais alto de evolução e progresso, que
já poderia ter acontecido; que se bem observado, demonstra que as prevaricações
ocorrem, via de regra, nos mesmos erros.
Portanto, na terra, esta
extraordinária escola da vida, todos os acontecimentos que nela se constata,
tenha ou não participação direta ou indireta do indivíduo, tudo contribui para
que haja um aprendizado neles implícitos, pois, não existe nada ocorrendo ao
sabor do acaso, como demonstra o Evangelho Segundo o Espiritismo ao dizer: “não
cai uma folha de árvore ou um fio de cabelo” sem a aquiescência divina, o que
fica cada vez mais patente pressupor que o planejamento divino preside toda a
transição já ocorrida no planeta, como também aquelas que presentemente estão
em curso, aqueloutras reservadas ao porvir, que seguramente desconhecemos, e
que a leviandade de falsos profetas teimam em disseminar, provocando terror nas
mentes incautas e inseguras, disseminando ideias engendradas por mentes
enfermas, típico de certos indivíduos que aspiram a posição de guias de
plantão, esquecidos que o único guia e modelo, legado por Deus à Humanidade
terrena, é Jesus, que há vinte séculos vem desempenhando esse papel, em fiel
observância das Leis Divinas, que como Ele revelou: “e sim dar cumprimento”.
Infelizmente, mudamos muito pouco,
apesar do tempo transcorrido, esquecidos que o Cristo é grande libertador das
consciências, que acham-se encarceradas, como no passado, nos mesmos propósitos
de dominação e conquistas, não com o aço das armas, porém, com as melífluas
distorções das palavras, usadas e disseminadas de forma torpe e venal.
Não descuremos do propósito que nos
trouxe a esta escola da vida, e continuemos estudando o Evangelho de Jesus,
segundo a interpretação da Doutrina Espírita.
Jesus é a porta de libertação das
crendices, dos temores, da ignorância e da impiedade, enquanto a Doutrina
Espírita, em tão oportuno momento apresentada por Kardec à humanidade terrena,
é o inigualável mecanismo de interpretação destas imorredouras lições que
repletam de consolações e esperanças os dias de aprendizado em nossa jornada
nas paisagens do planeta.
Eurípedes Barsanulfo
Nenhum comentário:
Postar um comentário