domingo, 13 de abril de 2014

A ESCOLA DA VIDA


Costuma-se proclamar, muito frequentemente, que a Dor é a excelente Mestra para os alunos mais renitentes, através dos mais inusitados métodos educacionais, conhecido de muitos que já experimentaram-no na própria pele, com o nome de fracasso, decepção, frustração, perda, exclusão, rejeição, etc., que são em última análise, técnicas de despertamento e conscientização para quantos se achem acomodados e indiferentes na escola da vida.

Sabemos, por conhecimento transmitidos pelos Espíritos Superiores, que a Terra pode ser conceituada também, como um Planeta-Escola, que recebe espíritos de diferentes regiões do mundo espiritual, para recordar velhas lições esquecidas em algum nicho da memória extra cerebral. Repetir algumas que não foram bem assimilada, e são constantes motivos de reprovações contínuas; fixar na mente algumas lições, objetivando graduar-se em posição mais elevada, ou preparar-se para uma longa provação, cujo testemunho exigirá muita disciplina e serenidade para vencer com mérito e louvor, como recompensa pelo esforço despedido.

Entretanto, para que todo este arsenal de técnicas educativas seja levada a efeito, mister se faz, que o espírito imortal, passe pela benção do esquecimento através do impositivo da reencarnação, para que as lembranças e reminiscências, do passado longínquo de outras existências, surjam como minúsculos respingos na existência atual, através das ideias inatas e das afinidades, para que os erros e equívocos do passado distante, não preponderem sobre as disposições e propostas evolutivas, que o espírito quando encarnado deve desenvolver em sua escalada evolutiva de auto aprimoramento moral.

Neste nascer, morrer e renascer mais uma vez, continua, conforme nos ensina o professor Rivail, parece contraditório que seja necessário lembrar para esquecer, através das ideias inatas, das conquistas que já foram alcançadas, como também, seja necessário esquecer, para lembrar, através das afinidades e antipatias terrenas, quais são as imperfeições a vencer, que promovem tantas quedas em razão das tentações nelas contidas, impedindo alcançar um patamar mais alto de evolução e progresso, que já poderia ter acontecido; que se bem observado, demonstra que as prevaricações ocorrem, via de regra, nos mesmos erros.

Portanto, na terra, esta extraordinária escola da vida, todos os acontecimentos que nela se constata, tenha ou não participação direta ou indireta do indivíduo, tudo contribui para que haja um aprendizado neles implícitos, pois, não existe nada ocorrendo ao sabor do acaso, como demonstra o Evangelho Segundo o Espiritismo ao dizer: “não cai uma folha de árvore ou um fio de cabelo” sem a aquiescência divina, o que fica cada vez mais patente pressupor que o planejamento divino preside toda a transição já ocorrida no planeta, como também aquelas que presentemente estão em curso, aqueloutras reservadas ao porvir, que seguramente desconhecemos, e que a leviandade de falsos profetas teimam em disseminar, provocando terror nas mentes incautas e inseguras, disseminando ideias engendradas por mentes enfermas, típico de certos indivíduos que aspiram a posição de guias de plantão, esquecidos que o único guia e modelo, legado por Deus à Humanidade terrena, é Jesus, que há vinte séculos vem desempenhando esse papel, em fiel observância das Leis Divinas, que como Ele revelou: “e sim dar cumprimento”.

Infelizmente, mudamos muito pouco, apesar do tempo transcorrido, esquecidos que o Cristo é grande libertador das consciências, que acham-se encarceradas, como no passado, nos mesmos propósitos de dominação e conquistas, não com o aço das armas, porém, com as melífluas distorções das palavras, usadas e disseminadas de forma torpe e venal.

Não descuremos do propósito que nos trouxe a esta escola da vida, e continuemos estudando o Evangelho de Jesus, segundo a interpretação da Doutrina Espírita.

Jesus é a porta de libertação das crendices, dos temores, da ignorância e da impiedade, enquanto a Doutrina Espírita, em tão oportuno momento apresentada por Kardec à humanidade terrena, é o inigualável mecanismo de interpretação destas imorredouras lições que repletam de consolações e esperanças os dias de aprendizado em nossa jornada nas paisagens do planeta.


Eurípedes Barsanulfo

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