MEDIUNIDADE
A mediunidade, um dos
aspectos da Doutrina dos Espíritos, que trata das relações entre os espíritos
durante o transcorrer do intercâmbio mediúnico, suas expressões manifestadas, e
as decorrências extraídas dessas manifestações, é o grande laboratório
experimental do aspecto científico do Espiritismo, por meio do qual se comprova
a realidade do Espírito, a verdade por eles reveladas, as consequências morais
dos fatos acontecidos, e os desdobramentos que a eles se seguem, influindo
diretamente na filosofia da vida do indivíduo, no seu processo de
amadurecimento e evolução espiritual.
Embora não seja o
aspecto, mais relevante do Espiritismo, é por intermédio da mediunidade, quando
exercida com nobreza de propósitos, fidelidade aos preceitos Kardequianos e
dignidade impoluta, sem concessões ao orgulho e a vaidade, sem interesses
outros pela fama e destaque nas vitrines do mundo, que as revelações dos
Espíritos Superiores, de caráter universalista, chegam a presença da
Humanidade, propondo novos paradigmas, capazes de transformar o mundo para
melhor, ao transformar o homem, erguendo-o moralmente, do patamar da ignorância
reinante ainda restrita à ciência materialista, para leva-lo a familiarizar-se
com as manifestações dos espíritos e, a realidade da ciência do Espírito,
procedente do mundo das causas e os reflexos que se fazem presentes no mundo
dos efeitos, que é o mundo material.
A mediunidade, que tem
seu futuro motivador assentado sobre o intercâmbio mediúnico, não estaciona no
fenômeno mediúnico propriamente dito, por que o fenômeno é apenas o meio, o
instrumental de que os espíritos se servem, para ministrar suas lições àqueles
que se encontram reencarnados na terra, em transitório estágio de aprendizado,
como a certeza da existência de dimensões espirituais, reguladas por Leis
Morais, tão matematicamente corretas, coerentes e lógicas, quanto os mais
infalíveis cálculos que a Matemática terrena é capaz de propiciar.
Como a mediunidade é um
canal ou veículo de comunicação entre dois mundos ou, se quiser duas realidades
distintas, ela carrega em si, um propósito nascido nas Estâncias Superiores da
Vida, dirigido àqueles que se encontra na existência, na retaguarda do
conhecimento verdadeiro, propósito este, constatado pelas revelações das Leis Superiores
da Vida, contida nas noções de Justiça Divina exarada na 1ª Revelação,
conhecida como Os Dez Mandamentos, veiculadas pelo médium Moisés, dotado de
extraordinários dons mediúnicos conforme relatam as anotações do Antigo
Testamento.
A história da formação
do povo judeu, assim como a saga das doze tribos de Israel, encontra-se
pontilhada de fenômenos mediúnicos, que determinam o conhecimento de leis
morais reguladoras das relações sociais, da hierarquia, dos direitos e deveres
de uns para com os outros, mostrando que o fenômeno mediúnico chega até um
determinado ponto, a partir do qual, os propósitos dali extraídos, avançam para
critérios e normativas, comportamentos e atitudes dos indivíduos isoladamente,
ou da sociedade como um todo.
Na atualidade, como se
pode observar, os fenômenos mediúnicos ostensivos, estão cada vez mais raros,
parecendo que chegaram os tempos previstos pelo profeta Joel, quando
estabeleceu que: “no final dos tempos, o Espírito do Senhor derramar-se-á por
toda carne, homens e mulheres profetizarão, os jovens terão visões e os velhos
sonharão sonhos”, alerta este que pode ser interpretado como um tempo, onde o
intercâmbio mediúnico será popularizado, porque será mais estudado, sem as
fantasias e equívocos que o envolvem, e, mais compreendido por todos, para que
os ensinamentos que eles encerram sejam adotados com naturalidade, sem a
necessidade do impacto que a aura de sobrenatural provoca nas mentes ingênuas e
influenciáveis que ainda existem no seio dos povos.
Disso tudo decorre sem dúvida
alguma, que as paisagens terrenas, tudo se encontra em constante transição, em
obediência aos Códigos Superiores da Vida, conforme esclarece a Doutrina
Espírita, quando destaca, na LEI DO
PROGRESSO no capítulo acerca das LEIS
MORAIS que “O PROGRESSO É
INESTANCÁVEL”.
José Maria de Medeiros
Souza, pelo Espírito Espírita, Jean – Marie Lachelier.
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