domingo, 6 de abril de 2014

MEDIUNIDADE


MEDIUNIDADE

A mediunidade, um dos aspectos da Doutrina dos Espíritos, que trata das relações entre os espíritos durante o transcorrer do intercâmbio mediúnico, suas expressões manifestadas, e as decorrências extraídas dessas manifestações, é o grande laboratório experimental do aspecto científico do Espiritismo, por meio do qual se comprova a realidade do Espírito, a verdade por eles reveladas, as consequências morais dos fatos acontecidos, e os desdobramentos que a eles se seguem, influindo diretamente na filosofia da vida do indivíduo, no seu processo de amadurecimento e evolução espiritual.

Embora não seja o aspecto, mais relevante do Espiritismo, é por intermédio da mediunidade, quando exercida com nobreza de propósitos, fidelidade aos preceitos Kardequianos e dignidade impoluta, sem concessões ao orgulho e a vaidade, sem interesses outros pela fama e destaque nas vitrines do mundo, que as revelações dos Espíritos Superiores, de caráter universalista, chegam a presença da Humanidade, propondo novos paradigmas, capazes de transformar o mundo para melhor, ao transformar o homem, erguendo-o moralmente, do patamar da ignorância reinante ainda restrita à ciência materialista, para leva-lo a familiarizar-se com as manifestações dos espíritos e, a realidade da ciência do Espírito, procedente do mundo das causas e os reflexos que se fazem presentes no mundo dos efeitos, que é o mundo material.
A mediunidade, que tem seu futuro motivador assentado sobre o intercâmbio mediúnico, não estaciona no fenômeno mediúnico propriamente dito, por que o fenômeno é apenas o meio, o instrumental de que os espíritos se servem, para ministrar suas lições àqueles que se encontram reencarnados na terra, em transitório estágio de aprendizado, como a certeza da existência de dimensões espirituais, reguladas por Leis Morais, tão matematicamente corretas, coerentes e lógicas, quanto os mais infalíveis cálculos que a Matemática terrena é capaz de propiciar.

Como a mediunidade é um canal ou veículo de comunicação entre dois mundos ou, se quiser duas realidades distintas, ela carrega em si, um propósito nascido nas Estâncias Superiores da Vida, dirigido àqueles que se encontra na existência, na retaguarda do conhecimento verdadeiro, propósito este, constatado pelas revelações das Leis Superiores da Vida, contida nas noções de Justiça Divina exarada na 1ª Revelação, conhecida como Os Dez Mandamentos, veiculadas pelo médium Moisés, dotado de extraordinários dons mediúnicos conforme relatam as anotações do Antigo Testamento.

A história da formação do povo judeu, assim como a saga das doze tribos de Israel, encontra-se pontilhada de fenômenos mediúnicos, que determinam o conhecimento de leis morais reguladoras das relações sociais, da hierarquia, dos direitos e deveres de uns para com os outros, mostrando que o fenômeno mediúnico chega até um determinado ponto, a partir do qual, os propósitos dali extraídos, avançam para critérios e normativas, comportamentos e atitudes dos indivíduos isoladamente, ou da sociedade como um todo.

Na atualidade, como se pode observar, os fenômenos mediúnicos ostensivos, estão cada vez mais raros, parecendo que chegaram os tempos previstos pelo profeta Joel, quando estabeleceu que: “no final dos tempos, o Espírito do Senhor derramar-se-á por toda carne, homens e mulheres profetizarão, os jovens terão visões e os velhos sonharão sonhos”, alerta este que pode ser interpretado como um tempo, onde o intercâmbio mediúnico será popularizado, porque será mais estudado, sem as fantasias e equívocos que o envolvem, e, mais compreendido por todos, para que os ensinamentos que eles encerram sejam adotados com naturalidade, sem a necessidade do impacto que a aura de sobrenatural provoca nas mentes ingênuas e influenciáveis que ainda existem no seio dos povos.

Disso tudo decorre sem dúvida alguma, que as paisagens terrenas, tudo se encontra em constante transição, em obediência aos Códigos Superiores da Vida, conforme esclarece a Doutrina Espírita, quando destaca, na LEI DO PROGRESSO no capítulo acerca das LEIS MORAIS que “O PROGRESSO É INESTANCÁVEL”.



José Maria de Medeiros Souza, pelo Espírito Espírita, Jean – Marie Lachelier.

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