Ary Brasil Marques
O planeta Terra está super
povoado. Países como a China e a Índia possuem gente em excesso, e isso aumenta
os problemas de desigualdade social, de miséria e de fome.
Os governos recomendam o uso
de preservativos e outros meios para limitar o crescimento populacional.
Algumas religiões condenam o planejamento familiar.
É um assunto polêmico.
Devemos ou não limitar o nascimento de filhos?
Em primeiro lugar, acredito
que tudo na vida tem que obedecer a planejamentos. As pessoas planejam os seus
orçamentos, planejam as férias e avaliam as possibilidades financeiras para
verificarem se têm ou não condições para viajar ou para comprar ingressos em
teatros ou eventos esportivos. Quem vive sem planejamento corre o risco de se
endividar e de ter problemas no futuro.
André Luiz nos mostra no
livro Nosso Lar que naquela cidade espiritual há um departamento que planeja as
reencarnações. Além do plano de vida que orienta o espírito que vai reencarnar
na sua reentrada na vida terrena, planejam-se até o corpo físico que o mesmo
irá usar quando reencarnar.
Por outro lado, sabe-se que
existe uma enorme fila de espíritos aguardando sua vez de reencarnar na Terra e
assim obterem a oportunidade de crescer e evoluir na prática e nas experiências
terrenas. Muitos deles são barrados em sua intenção pela ação daqueles que
seriam seus pais na Terra e que usam de meios para evitar a concepção.
O planejamento familiar
muitas vezes evita o nascimento de crianças em lares muito pobres, que já têm
muitos filhos, evitando problemas sérios de miséria e de sofrimentos. É verdade
que esses problemas são muitas vezes necessários ao cumprimento da lei de causa
e efeito, sendo oportunidades para o espírito quitar suas dívidas cármicas. Não
temos condições para julgar se o planejamento familiar deve ou não ser feito.
Analisando, no entanto, o
fato de Deus ter dado ao ser humano o livre arbítrio e a inteligência, penso
que o uso consciente desses instrumentos divinos dá ao homem o direito de usar
de todos os recursos lícitos para evitar males maiores e tem a liberdade de
fazer isso.
Há outras razões que podem
justificar plenamente o uso de meios anticoncepcionais. Os problemas de saúde,
de falta de espaço, a falta de recursos financeiros para propiciar um mínimo de
condições de vida à criança que vai nascer, tudo isso justifica, a meu ver, o
planejamento familiar. Não justifica, de forma alguma, o crime do aborto.
SBC, 05/07/2007.
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