Albert Schweitzer (14 de janeiro de 1875, Kaysersberg - 4 de setembro de
1965, Lambaréné, Gabão) foi um teólogo, músico, filósofo e médico alsaciano.
Albert Schweitzer nasceu em Kaysersberg, na Alsácia, então parte do
Império alemão (hoje uma região administrativa francesa).
Formou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Estrasburgo, onde,
em 1901, o nomearam docente. Tornou-se também um dos melhores intérpretes de
Bach e uma autoridade na construção de órgãos.
Aos trinta anos, gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das
mais notáveis universidades europeias; tinha uma grande reputação como músico e
prestígio como pastor de sua Igreja. Porém, isto não era suficiente para uma
alma sempre pronta ao serviço. Dirigiu sua atenção para os africanos das
colônias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica,
debatiam-se na dura vida da selva.
Em 1905, iniciou o curso de medicina, e seis anos mais tarde, já formado,
casou-se e decidiu partir para Lambaréné, no Gabão, onde uma missão necessitava
de médicos. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um
consultório num antigo galinheiro e atendeu seus pacientes enfrentando
obstáculos como, o clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não entendia,
a carência de remédios e instrumental insuficiente. Tratava de mais de 40
doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma
linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de
agirem em benefício do próximo.
Com o início da I Grande Guerra, os Schweitzer foram levados para a
França, como prisioneiros de guerra. Passaram praticamente todo o período da
guerra confinados num campo de concentração, neste período Albert escreveu
sobre a decadência das civilizações.
Com o final da guerra, reiniciou seus trabalhos como se nada tivesse
acontecido, e ante a visão de um mundo desmoronado, dizia: “começaremos
novamente, devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”. Realizou uma série
de conferências, com o único intuito de colher fundos para reconstruir sua obra
na África. Tornou-se muito conhecido em todos os círculos intelectuais do
continente, porém, a fama não o afastou de seus projetos e sonhos.
Após sete anos de permanência na Europa, partiu novamente para Lambaréné.
Desta vez acompanhado de médicos e enfermeiras dispostos a ajudá-lo. O hospital
foi levantado numa área mais propícia, e com o auxílio de uma equipe de
profissionais pode dedicar algumas horas de seu dia a escrever livros, cuja
renda contribuía para manter os pavilhões hospitalares.
Extasiou o mundo com sua vida e sua obra, e em 1952, recebeu o Prêmio
Nobel da Paz, como humilde homenagem a um “Grande Homem”.
Morreu em 4 de setembro de 1965, em Lambaréné, no Gabão.
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